Belise Campos

Satélite 

o espírito daquele que a orbitou outrora
se condenou por fim à deriva cega a navegar
não soubesse ele sucumbir a sua forte aurora
na luz fraca jaz agora o satélite, a queimar

gravita-o, boreia-lo, determine-o a voltar
e assim a dor da irrefletida re-ação
refletirá luz na redimida escuridão
no céu escuro a esmo não encontra o seu lugar

trago-o ao firmamento do seu doce alvo-rescer
na bela tez alva cachos-ondas a lhe emoldurar
permita-o para sempre no seu brilho permanecer
mire-o e abrigue-o no seu verde-marrom solar
e deixe-o eterno nos planetas-olhos a gravitar