André Arieta

Madeira Grossa e Rara


M adeira grossa e rara.É telegrafo com suas repetiç ões, um telegrafo tipo naked lunch.


Em cima de nossas cabeças a hegemonia letárgica do conhecimento

Metade Mostardas

Chuí

Alexandria

Expurgo da canalha proparoxítona


Substância indissolúvel transmutando as primeiras idéias em carvão moderno

Bíblia asteca no sótão da constelação desnutrida

Quase ninguém

Matéria

Último segredo das nozes 

O LIVRO

Proibido mirar afuera é um livro que se inspira na iconoclastia boêmia de uma Porto Alegre que já foi punk e progressista, mas que ainda resiste nos artistas que a reinventam todos os dias. O livro volta para a cidade de onde nasceu. No pampa e suas incursões urbanas, na psicodelia transbordante da avenida Osvaldo Aranha, e nos cérebros desbravados por moscas míopes. Regionalismo freak, ficção científica tropicalista, bula de remédio psicodélica: coisas que podem ser ditas pra caber numa gaveta monossilábica, cheia de pessoinhas desidratadas tripulando insetos sobre ovos rachados entre as nuvens, onde antropófagos fazem a sesta. Narrativa fragmentada onde frases quebradas formam cacos multiformes flutuantes. Personagens desorientados procuram um sentido para suas ações minimalistas; e um velho preso em uma ilha conta velhas histórias para seu carcereiro.